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De Lisboa ao Recife
Paulo Fernando
D'além mar quem trouxe foi Zé Pereira
Uma festa que havia em Portugal
Caiu no agrado dessa gente brasileira
Originando o mais lindo carnaval
As marchas de São João e Santo Antônio
Frevo de bloco em sua origem que beleza
Dote legado desse rico patrimônio
Para uma festa portuguesa com certeza
Recife antigo e Lisboa, velha cidade
Dão-se as mãos nessa ciranda cultural
Capibaribe e o Tejo vão tecendo
Tapete verde estendido pra Cabral
O Madredeus na Madredeus canta Capiba
Na Rua da Guia a Mouraria está também
Lá na Moeda o escudo luso arriba
E a Malakoff é a nossa Torre de Belém
Essa herança vou guardar mais de mil anos
Orgulho sinto dos patrícios meus avós
Pernambucanos cantem fados lusitanos
E a voz de Amália vem cantar frevo pra nós
Conhece Recife?
Gildo Moreno
Quem não conhece o Recife
Ainda não brincou carnaval
Não sabe quanto o frevo é bom
E o povo como é igual
Algum dia você há de ver
Se é verdade ou não
E se você fizer o passo com a turma
Dirá que eu tenho razão
Sonho de carnaval
Morgana Narjara
Caminhando pelas ruas do Recife
Vou recordando o carnaval que passou
Parece até que foi um belo sonho
Que a quarta-feira despertou
Eu vi blocos passando coloridos
Cheios de amor e emoção
Ouvi seus violões e cavaquinhos
A envolver o povo com sua canção
Agora a saudade que eu sinto
Me faz relembrar a melodia
Então a tristeza não me invade
Pois sei que para o ano vou brincar com alegria
Duda, 70 anos de frevo
A moreninha do passo
Paixão Secreta
Maestro Duda Pernambuco te agradece
70 anos de história musical
Vem de Goiana, Estrela da Mata
Da saboeira este artista genial
Frevo de rua melodias encantadas
Um brilho em brasa a refulgir de seus metais
O mundo reconhece a tua arte
E a gente segue te pedindo "eu quero mais!"
Vem Duda vem brincar com a gente
Seu frevar alegre nos faz delirar
Na onda deste mar ardente
Teu povo aclama o frevo secular
Desfila na minha rua o Flor da Lira de Olinda
Com suas afinadas coristas
E a moreninha passista
No coral ela encanta
Fazendo o passo ela encanta
É assim a alegre menina no carnaval de Olinda
A alegre menina-moça cai no frevo de verdade
Levando todo mundo ao delírio
E encantando a bela cidade
Se eu pudesse cairia no passo
E fora do compasso eu diria
Moreninha dá-me tua mocidade
Antes que o carnaval acabe
Foi num certo carnaval em Recife
Naquele bloco em branco e carmim
Vi desfilando uma linda pastora
Eu logo loucamente me apaixonei
No ano seguinte no mesmo lugar
Aquele quadro não esqueci jamais
Ela cantava olhando para mim
“Valores do passado” de Edgar Moraes
A emoção estranha que senti
Sei que cigana nenhuma interpreta
Meus Deus, agora o que será enfim
Se ela já é minha paixão secreta
Eu vou cair na folia
Com linda fantasia de modelo original
Assim vou brincar o carnaval
Para lhe mostrar que meu bloco é sem igual
Velho Recife, tradicional
O frevo é o nosso ideal
O folião é assim
Quando cai na folia fica até o fim
E também faz é asneira
Enfrenta a poeira e esquece tudo o que é ruim
Foi numa roda de ciranda lá no Janga
E que beleza aquela gente a cirandar
Dei minha mão e fui na roda cirandando
E vi que a vida era tão fácil de se amar
Entrei no passo e no compasso da ciranda
E a cirandeira fez cantar meu coração
Sentindo a vida e amando a natureza
Na ciranda do amor de sua mão na minha mão
Foi dona Duda quem me deu o dia
Quem me deu a noite, quem me deu a luz
Foi na ciranda que aprendi a vida
Que plantei a rosa pra cantar de amor
Ai se eu pudesse voltar ao passado
Faria tudo que eu não quis fazer
Saia no corso bem fantasiado
À noite, caia no passo... Frevo para valer...
Como era lindo ver o dia amanhecer!
Batalha de confete e serpentina
Lança-perfume, era lindo de se ver
O Pierrô era feliz com a Colombina
E como é triste, recordar não é viver