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Fernando Lobo

Compositor. Jornalista. Radialista. Pesquisador de MPB. Pai do compositor Edu Lobo e avô do cantor Bena Lobo.
 
Foi criado em Campina Grande (PB), cidade onde iniciou seus estudos musicais, sob orientação de Capiba, pai do posteriormente famoso compositor do mesmo nome. Sua mãe tocava bandolim. De volta a Recife, passou a estudar Direito. Neste período teve aulas de violino, atuando como crooner e violinista da orquestra Jazz Band Acadêmica de Pernambuco. Trabalhou na imprensa pernambucana até 1939, ano em que se transferiu para o Rio de Janeiro, onde continuou sua carreira jornalística. Trabalhou nas redações das revistas "Carioca", "O Cruzeiro" e "A Cigarra".
Foi diretor da Rádio Tamoio e produtor de diversas emissoras de rádio, especialmente a Rádio Nacional. Nas décadas de 1908 e 1990, foi produtor e apresentador de programas de MPB na TV E do Rio de Janeiro, além de entrevistador do projeto "O som do meio dia", no Teatro Cândido Mendes, no centro histórico do Rio.
 








Em 1945, foi para os EUA, onde trabalhou nas nas cadeias de rádio e televisão CBS e NBC. Em 1951, foi redator da Rádio Nacional, onde foi colega de Haroldo Barbosa, Evaldo Rui e Renato Murce.
Em 1957, passou a trabalhar na televisão, além de continuar escrevendo na imprensa carioca. A partir da década de 1970, produziu e apresentou para a TVE Rio inúmeros programas de levantamento da memória musical do país, atuação que manteve até quase sua morte. Pai do cantor e compositor Edu Lobo.
Compôs sua primeira música em 1936, o frevo-canção "Alegria", gravado por Nuno Roland, na Odeon, quatro anos mais tarde. Ainda em 1936, realizou sua primeira e única gravação como cantor, registrando  o frevo-canção "Pare, olhe, escute e goste", composição de Nélson Ferreira. Em 1937, fez com Capiba o samba canção "Mentira", gravado por Raul Torres na Columbia. Em 1938, Almirante gravou o frevo-canção "De quem é que você gosta?". No ano seguinte, teve o frevo-canção "Alegria" lançado por Nuno Roland na Odeon e o frevo-canção "Aonde está o meu amor", gravado pelo Coro RCA Victor. Em 1941, Gilberto Alves gravou na Odeon seu frevo-canção "Não faltava mais nada". Na década de 1940, foi produtor da Rádio Clube de Pernambuco.
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