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Mestre Cazuzinha
Mayrinkianos
Banda dos Fuzileiros Navais do RJ
José Severino de Araújo
7/2/1895 Surubim, PE
29/5/1958 Recife, PE
Maestro. Compositor. Instrumentista. Trombonista. Nascido na cidade pernambucana de Surubim, mudou-se com a família, o pai, a mãe e mais oito irmãos, para a cidade de Cedro, próxima a Limoeiro, na primeira metade da década de 1910. Auto-didata, aos cinco anos de idade já demonstrava interesse em partituras de música clássica. Aos dez anos começou a tocar instrumentos de sopro, em especial o trombone. Com grande dedicação à música estudava partituras, harmonia e ritmo. Pai dos músicos Severino, Manuel, Plínio, José e Jaime Araújo, todos músicos de destaque e integrantes da Orquestra Tabajara.
Aos 18 anos de idade começou a se destacar na Banda de oficiais de Limoeiro da qual logo se tornaria mestre. Em 1917, a banda de Limoeiro dirigida por ele foi destaque nos festejos carnavalescos da cidade. No mesmo ano, nascia seu primeiro filho, o futuro maestro Severino Araújo. Com o tempo a banda de Limoeiro dirigida por ele se tornou referência na região e era sempre requisitada para tocar em festas e eventos cívicos. Em 1926, recebeu uma proposta irrecusável e mudou-se com toda a família para a cidade de Chã do Rocha onde passou a dirigir a Banda Municipal de Chã do Rocha. Em 1931, passou a reger a Banda Municipal de Aroeiras. Dois anos depois, foi para a cidade Ingá do Bacamarte, cidade vizinha de Aroeiras, que desde 1920 não possuía banda de música. Fundou então a Banda Filarmônica 31 de Março, que foi financiada pela prefeitura e recebeu instrumentos novos. Na banda da cidade de Aroeiras passou a ter a companhia dos filhos que também tocavam nela. Em 1934, a Banda 31 de Março foi convidada a tocar em João Pessoa, capital da Paraíba, em uma recepção a José Américo de Almeida, então ministro de Viação e Obras Públicas do governo de Getúlio Vargas. Na década de 1930, seus filhos foram ingressando na vida de músicos profissionais e ele permaneceu regendo a banda 31 de março, sempre presente nos festejos carnavalescos em diferentes cidades da Paraíba. Em 1934, seu frevo "Ingá não gosta de ninguém", interpretada pela Banda de Ingá fez sucesso durante oi carnaval na cidade de Floresta dos Leões. Em 1954, o frevo "Ingá não gosta de ninguém", foi gravado pela Orquestra Tabajara em disco Continental com o nome mundificado para "Saudades de Ingá" por sugestão do compositor Braguinha. Dois anos depois, compôs o frevo de abafo "Mayrinkianos" uma homenagem sua aos filhos que então faziam sucesso tocando com a Orquestra Tabajara na Rádio Mayrink Veiga, e que seria gravada pela orquestra no mesmo ano.
Fonte: Dicionário Cravo Albim da MPB
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