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Hino do Bonde
Ely Madureira e Alcides Vespasiano
Rua do Bom Jesus
Alcides Vespasiano
O bloco da vitória
Nelson Ferreira
Vai longe o tempo feliz de criança
Doce lembrança que guardo muito bem
Vai longe o tempo em que a lua era de prata
E o bonde no gostoso vai e vem (Bis)
O bonde amarelo, chamado gaiola
Aberto, cigarra de cordão
Pelas ruas costurava a cidade
Nas paralelas bordadas pelo chão
Lembro do velho motorneiro
No comando do veio de saída
O condutor do apito à marcação
Anunciando a próxima partida
O bonde da Madalena, Campo Grande, Tejipió, Casa Amarela, Beberibe, Dois Irmãos, Boa Viagem, Pina, Farol. (Bis)
Ó Bom Jesus, ó Bom Jesus
Antiga Rua dos Judeus
Quando passo sobre tuas calçadas
Relembro a mocidade
Verdes anos meus
Dos camaradas de boemia
Das noites de orgia dos cabarés
Das conversas vazias entre paredes frias
Nos quartos dos bordeis
Ó Bom Jesus do pecado nas esquinas
Mulheres quase meninas com amor a negociar
Ó Bom Jesus do tempo do bonde
Seu passado se esconde em sobrados memoriais
Mas para sempre será lembrado
Nos livros e folhas dos jornais
O Bloco da Vitória está na rua
Desde que o dia raiou
Venha minha gente
Pro nosso cordão
Que a hora da virada chegou, ô ô ô ô
Quando o povo decide
Cair na frevança
Não há quem dê jeito
Aguenta o rojão
Fica sem comer
Mas no fim tá tudo ok
Neste carnaval
Quá quá quá quá
O prazer é gargalhar
E com bate bate de maracujá
A nossa vitória vamos festejar
O chumbrego do Joel
João Valença
Come e dorme
Nelson Ferreira
Esquenta muié
Nelson Ferreira
Borboleta não é ave
Nelson Ferreira
Boca de forno
Nelson Ferreira
Arlequim / Faustina / Chora palhaço
Nelson Ferreira
Borboleta não é ave,
Borboleta ave é,
Borboleta só é ave
Na cabeça da muié…
Borboleta, borboleta
De voar nunca se cansa,
Menina da perna fina
De socó tem semelhança…
Borboleta não é ave
Borboleta ave é,
Borboleta só é ave
Na cabeça da muié…
Borboleta quando fores
Lá para as bandas do Norte
Da coruja minha sogra
Leva o gênio de má sorte…
Maroca o teu gato
É um bicho gaiato
É um bicho bonito,
É um bicho bonito...
Tu puxas, Maroca, no rabo
Mas olha o diabo
Que rabo de gato não é pirulito
Que rabo de gato não é pirulito!
Maroca, o teu ganso
É um bicho até manso
Que nunca estrebucha
Que nunca estrebucha...
Tu puxas, Maroca, o pescoço
Mas, mesmo sem osso
Pescoço de ganso não é puxa-puxa
Pescoço de ganso não é puxa-puxa!
Boca de forno, forno
Tirando bolo, bolo - bis
Senhor rei mandou dizer
Vocês prestem atenção
Que será muito feliz, muito feliz
Quem roubar meu coração
Quem roubar meu coração
Nunca mais há de sofrer
Tudo, tudo nele é carnaval
Carnaval até morrer
Boca de forno, forno
Tirando bolo, bolo - bis
Senhor rei mandou dizer
Vocês prestem atenção
Que será muito feliz, muito feliz
Quem roubar meu coração
Se você não acredita
Eu não vou fazer questão
Fico, fico mesmo no Brasil
E você vá pro Japão
Maria, ó Maria me responde já
Maria, onde está minha fantasia? - bis
A minha fantasia é uma coisa louca
De um lado ela é palhaço de outro é arlequim
Metade é de seda e o resto é algodão
Não é rica nem pobre, mas serve pra mim
(repete)
Comecei meu carnaval sorrindo
Com a alma e o coração cantando
Mas você maldosamente fez com que eu acabasse chorando - bis
Chorei demasiadamente, confesso
Por amor ao meu amor
Ó, destino como fosse cruel és o grande culpado da minha dor
Comecei meu carnaval sorrindo
Com a alma e o coração cantando
Mas você maldosamente fez com que eu acabasse chorando - bis
Ao mundo agora faço a minha promessa
Hei de cumpri-la afinal
Aos pés do rei momo eu juro
Que jamais hei de amar pelo carnaval
Vamos começar de novo, meu povo
Momo voltou a reinar
Até o touro Ferdinando, tão brando
No frevo também quer entrar
A tirolesa vai queixar-se ao papai
E a jardineira diz que nasceu em Paris
Todo mundo quer cair neste cordão
A dona Estela, a Florisbela e o Salomão
Arlequim o que fizeram com você, Arlequim
Pra você estar triste assim
Se foi o seu amor que lhe deixou
Não faz mal
Chegou o carnaval
Eu tenho um recadinho pra você
De Pierrot, Pierrete e Colombina
Dizendo que o frevo está na rua
E estão esperando por você lá na esquina
Se toda essa tristeza, Arlequim
É por um amor que abandonou
Não chore por uma coisa tão banal
Foi mais uma ilusão que o éter carregou
Olá como vai você,
Nunca mais lhe vi, que fim levou
A última vez que falei com você
Foi na terça-feira do carnaval que passou - bis
Eu bem me lembro como se hoje fosse
Era de cor verde a sua fantasia
Tão bonita como a esperança
Que em meu coração vive de você ser minha um dia
Olá como vai você,
Nunca mais lhe vi, que fim levou
A última vez que falei com você
Foi na terça-feira do carnaval que passou - bis
Agora volta logo carnaval
O seu ruído já domina o espaço
Vamos unir os nossos corações
E de braços com a ilusão
Armar com o frevo e com o passo
Faustina corre aqui depressa
Vem do Rio de Janeiro, agora a vez é tua
Faustina corre aqui depressa
Vem ver meu carnaval, o frevo está na rua
Só faço questão de uma coisa
É que tragas a sogra, a dona Peninha
Eu quero ver a velha se acabar
Meter-se no grude, no chão de barriguinha
Lá vem Vassourinha com tudo
Lá vem Lenhadores vem tudo rasgando
Faustina, minha nega, olha a onda
Cai logo no passo que eu já estou me acabando
Chora palhaço, grande é a tua dor
Eu também estou triste, ó, palhaço
Pois morreu o meu amor
Parecem dois confetes vermelhos
Os teus olhos tão tristonhos
Como serpentinas multicores voaram os teus sonhos
Chorando como tu, meu palhaço
Também está meu coração
Foi num dia assim de carnaval
Que morreu minha ilusão